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Assunto: O FILME - LÍBANO MONTESANTI CALIL ATALLAH
Autor: LÍBANO MONTESANTI CALIL ATALLAH
Data: 26/08/2008 03:32
O ENSINO PÚBLICO E A COMUNIDADE
O FILME

Que a atenção dos dirigentes das escolas públicas, deveria estar voltada para o interesse de seus estudantes é matéria de ordem do dia e indiscutível.
A melhor convivência entre seus alunos é exercício de suma importância para evitar choques de grupos antagônicos que naturalmente aparecem dentro das unidades escolares, até parece moda. Pequenas gangs se formam dentro da sua convivência normal e cotidiana, afinidades, manias, quereres, vontades, etc., comuns entre eles fazem com que estas turmas apareçam.
Há também outros fatores que ajudam esse fenômeno, como: desafetos com as famílias, insegurança pessoais, que muitas vezes levam membros desses grupos a usarem roupas uniformizadas. A idéia é que serão mais respeitados pelos outros que não participam do mesmo grupo. O sentimento de solidão também acaba por convencê-los a se enturmarem.
Quando a pessoa, a criança, o aluno ou o estudante não encontra a importância desejada dentro de casa o óbvio é que a primeira idéia lhes vem à mente é de que encontrarão esta mesma importância na escola.
Isso acontece até com quem tem família integra ou normal o que diremos dos mais desamparados.
Cabe, por isso, a escola e seus dirigentes, mesmo sem notar qualquer anomalia, exercitá-los para não se chocarem e mantê-los em harmonia.
Tem também outro fator: o aluno acaba por se envolver no ambiente interno com seus colegas de sala que nem nota que a escola, toda, é conduzida para todos seus alunos independente de turmas ou séries. Vale lembrar aos seus gestores que a diretoria tem obrigação de prevenir distúrbios ou desavenças, até mesmo, a formação desses grupos radicais. Visto que no auge de sua juventude e energia esses mesmos alunos precisam extravasar para quebrar a monotonia. Até para aqueles que trabalham e chegam à escola esperando alguma emoção.

Esta convivência harmoniosa é o mais importante para que a escola consiga atuar no auge de sua capacidade e em nome da qualidade de ensino, legando ao seu formando um diploma de valor reconhecido.
Peço ao prezado leitor que acompanhe o relato abaixo descrito.
Foi com a proposta de trabalhar esta convivência que levei duas salas de aula para a sala de vídeo de minha unidade para assistirem ao filme “Pode Crer”, que retrata a convivência dos alunos de uma escola no Rio de Janeiro com seu dia a dia divertido, enérgico, dentro e fora da escola.
Antes de adentrar a sala de vídeo, alunos de uma mesma sala já se mostraram incomodados com a presença de outros que cursavam em série diferentes da sua.
O mesmo aconteceu com os da outra série. Vejam foi proposital o convite que lhes fiz, já sabia que eram de turmas antagônicas.
Fingi não me incomodar com os comentários e pedi que relaxassem pois seria muito mais interessante estarmos juntos para nos aproximarmos e ganharmos amizades diferentes.
Entrou junto outro professor que havia cedido sua aula para que os alunos participassem desta experiência.
Imaginem a barulheira que se promovia na entrada para a sala de vídeo, todos manifestavam sua energia e tentavam promover-se como aquele que é a estrela do acontecimento.
O professor estranhou pois eu também como professor participava do evento como qualquer dos alunos ali presentes, procurava não me distinguir. Tentei não intervir na barulheira que o incomodava.
Pedi ao aluno mais exaltado que fizesse passar o filme, isso o retirou da liderança de seu grupelho e o enalteceu diante de todo o publico.

Assim mesmo a zoeira continuou, notei que o incomodo ao professor fez com que saísse da sala.
Em momento algum adverti aos presentes, apenas aguardei o avançar da exibição para que se envolvessem com o filme.
O desenrolar do enredo foi evoluindo no vídeo enquanto os alunos espectadores se identificavam com o ambiente do enredo, acusando-se uns aos outros de se parecerem com os personagens da obra.
Notei que em alguns minutos, a bagunça já tinha outro tom, pois já se envolviam com a história e que o ambiente retratado no vídeo, já os absorvia. A calmaria já havia se estabelecido, ninguém notava as turmas diferentes. O enredo da história era muito parecido com nossa realidade.
Uma aluna, percebendo o ambiente de paz, levantou-se do outro canto da sala e veio sentar-se ao lado do professor e do namorado.
Era por gratidão?
Não houve tempo para terminar a exibição, saímos da sala em total harmonia, sedentos para sabermos o desfecho da história, mas prezados leitores, notem bem, nenhum sinal de antagonismo se manifestou.
Agora tenho um pedido a atender, meu aluno, o Guigo (de Cristo), o mesmo que sugeriu a apresentação e nos concedeu o privilégio de emprestar o DVD quer ver seu nome nesta matéria.
Bem senhores ele merece, não é mesmo?


Líbano Montesanti Calil Atallah
Professor
www.artponto.com


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